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Enfª Ana Eugênia L. Hollanders Moura
Certa época trabalhei em cidade
pequena e viajava três vezes por semana para coordenar o serviço de enfermagem
desta cidade.
Não só coordenava, mas atendia em
curativos, urgências, partos, pequenas cirurgias, puncionava veias, passava sondas, enfim, cuidados de
enfermagem.
Certo dia, ao descer do onibus, já me aguardavam na estrada. Logo pensei: urgência no hospital...
O condutor do carro não sabia informar nada de urgência
( cidade pequena, quando acontece alguma coisa grave, todos sabem), fiquei mais
tranquila, embora urgência seja algo que me agrade.
Ao entrar no hospital, logo fui
encaminhada a sala de cuidados, pois o médico de plantão me aguardava com um paciente para
procedimento.
Ao aproximar-me da referida sala,
ouvi gemidos e choros de homem. Entrei, e encontrei o plantonista sentado e um
senhor deitado na maca, coberto por lençol, chorando de dor. Médico logo esclareceu:
- Este paciente chegou a cerca de
três horas com dor abdominal intensa, referindo não estar urinando há dois dias
e apresenta realmente, grande distensão vesical (bexigoma), fizemos varias
tentativas de sondagem, sem sucesso. Como você estava para chegar, estamos
esperando para ver se consegue.
Estágios... sempre surpresas ...
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Ana Eugênia Loyolla Hollanders Moura
Nesta tarde, estavamos com equipe completa e acrescentada com estagiárias de enfermagem e instrutora, que no momento, por não haver qualquer paciente grave, estavam na sala de medicação, atendendo a demandas das consultas de rotina .
Quando ocorrem estágios de enfermagem, a supervisão destes é sempre feita por profissional enfermeiro(a) designado pela instituição de ensino a que pertencem, mas cabe a enfermeira do setor (instituição cedente) a responsabilidade pelos atos da equipe de enfermagem e estagiarios e, quando acontecem problemas ou na suspeita destes, somos acionadas pelos demais profissionais para saná-los.
Assim sendo, fui solicitada por um de meus funcionários com a seguinte frase:
- "Vai lá ver o que está acontecendo, você nem vai acreditar..."
Mais por curiosidade que por urgência do pedido, fui à sala da medicação.
Chegando lá, encontro a instrutora dos alunos, com uma agulha calibrosa em um frasco de medicação, muito brava, reclamando para seus alunos que não conseguia aspirar o conteudo deste.
Fiquei a observar alguns instantes, sem acreditar no que via e junto comigo, várias funcionárias do setor. Olhavamos umas para as outras sem saber se riamos, se choravamos....
A instrutora tentava, compulsivamente, aspirar o pó contido no frasco, e optei por aproximar-me desta e perguntei, baixo e calmamente:
A instrutora tentava, compulsivamente, aspirar o pó contido no frasco, e optei por aproximar-me desta e perguntei, baixo e calmamente:
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Crônicas hospitalares
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