Ana Eugênia Loyolla Hollanders. Tecnologia do Blogger.

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Qualquer idiota diz eu te amo

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

 Qualquer idiota diz eu te amo
(Gabito Nunes)

Não se trata de incapacidade de sentir a coisa, sou um ser humano plenamente funcional. Mas, sabe aquela do Stevie Wonder, "I Just Called To Say I Love You"? Pois é, não está na minha lista.

Bem, só que eu estava saindo tempo suficiente com esta garota, já não podia me considerar um simples turista em seu sofá-cama, naquelas noites de sexta-feira e sábado e domingo e segunda-feira. Uma tarde, assistindo "(500) Dias Com Ela", ela resolveu chorar no meio do filme, não lembro em qual dos quinhentos dias e isso também não interessa. O que importa foi ver ela chorando e tentando esconder o rosto com a franja, e como ela segurava os dedões dos pés, os dois simultaneamente, sentada no sofá-cama feito índio ou como uma pequena menina de 14. Eu quis abraçá-la. Eu adorei aquilo. Eu... (longo suspiro) sei lá, cara.


Oito meses, um ano, mais três meses e eu não disse a coisa, embora tivesse vontade de dizer o tempo todo. Umas noventa vezes fiquei a ponto de formalizar o sentimento e aí parei, então ela acabava perguntando "O quê?" e eu "Nada" e ela "Anda, fala logo" e eu "Vai parecer besteira" e a cena terminava por aí mesmo. Em minha defesa, em defesa de todos os espécimes do meu tipo, há outras mil maneiras de fazer isto, não? Levar avós em torneios de biriba, submeter-se a testes de HIV antes de abolir a camisinha, descer até a farmácia e pedir ao senhorzinho de jaleco branco aquele com abas e substâncias antiodores para fluxos intensos, buscar avós em torneios de biriba. Você entendeu.

Aí ela ficou de me ligar e acabou sumindo. De começo achei que foi pela minha mania de fazer xixi assobiando alguma coisa dos Monkees. Mas com o tempo percebi, me dei conta, caí em mim, que a razão daquela ausência insustentável era a economia com meus "eu te amo" e como aquilo poderia ser interpretado. Falta de comprometimento. Não-amor. Que aquele um ano não tinha significado algum. Que ela não era amável. Era tudo um desperdício de vida. Não sei. Vai saber. Garotas são loucas, se fossem vendidas em frascos, viria rotulado: contém 1 drama. Acontece que eu não sei. Não sei se amo ou não.


Liguei para, você sabe, sondar como estavam as coisas. Deixei escapulir que queria vê-la. Precisava, na verdade. E ela "Por quê? Por que você me quer tanto de volta?" - Eu sabia, claro. Mas ela queria saber também, ouvir, anotar num papel de pão, deglutir, rabiscar a frase no espelho com batom magenta, gritar pra todo mundo ouvir, sair cantando Stevie Wonder. Garotas não desaparecem sem um truque na manga, anota isso aí. Então eu disse "não sei", ela quis desligar, eu quis conversar, até que ela venceu com "não vamos discutir a relação sem efetivamente estarmos em uma". Faz sentido.


É tão difícil assim?


ELA: Por que você me quer tanto de volta?

EU: Eu não sei. Quer dizer, eu sei. Eu acho que sei. Bem, parece, tudo indica, acho que decidi que, puta merda, eu amo você.

ELA: Por que você me quer tanto de volta?

EU: Porque estou te ligando movido pela vontade de reaver você e aquilo que tínhamos até semana passada. Eu penso em você dia e noite e fico ridiculamente abalado se a gente acaba brigando. Eu acho que te amo, garota.

ELA: Por que você me quer tanto de volta?

EU: Porque amo você, eu acho. Não sei ao certo. Sei que jamais terei certeza se você continuar com essa bobagem estúpida de ficar longe de mim.

ELA: Por que você me quer tanto de volta?

EU: Eu te amo, sua morena invocadinha.

Fácil. Até demais. Qualquer idiota consegue, talvez seja menos complicado cuspir isso sem realmente sentir. Os mentirosos são os mais fortes, têm mais estômago pra esse tipo de composição gramatica e sentimental. Eu não, hesito, sinto medo e quando estou a ponto de bala de dizer a coisa, meu queixo treme e chego a passar mal. Mas amo, é o que importa. Amo demais. Sem discursos, sem frase de efeito, sem irresponsabilidades. Eu sei porque se não fosse tão forte eu não ficaria sem palavras.

O individuo e a sociedade

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE

Samael Aun Weor

               A sociedade é a extensão do indivíduo. Se o indivíduo é cobiçoso, cruel, impiedoso, egoísta, etc., assim será a sociedade. É preciso ser sincero consigo mesmo. Cada um de nós está degenerado, logo a sociedade tem de estar degenerada inevitavelmente. Isto o terrível monstro do materialismo não pode resolver. Isto somente o indivíduo pode resolver à base de uma revolução integral em si mesmo.
            Chegou a hora de refletir sobre o nosso próprio destino. A violência não resolve nada. A violência só pode nos conduzir ao fracasso. Necessitamos de paz, serenidade, reflexão e compreensão.
            O problema do mundo é o problema do indivíduo. As revoluções de sangue não resolvem nada. Só mediante a inteligência resolveremos o problema do engarrafamento da consciência.
            Somente através da inteligência conseguiremos converter o animal intelectual primeiro em homem e depois em super-homem. Somente com a Revolução da Dialética conseguiremos vencer o terrível monstro do materialismo.
            A sociedade humana é a extensão do indivíduo. Se quisermos realmente uma mudança radical, se quisermos um mundo melhor, teremos de mudar individualmente, mudar dentro de nós mesmos, alterar dentro da nossa  própria individualidade os abomináveis fatores que causam dor e miséria no mundo. Recordemos que a massa é uma soma de indivíduos. Se cada um muda, a massa mudará inevitavelmente.
            É urgente acabar com o egoísmo e cultivar o cristo-centrismo. Só assim poderemos tornar o mundo melhor. É indispensável eliminar a cobiça e a crueldade que cada um de nós leva dentro. Só assim, mudando o indivíduo, mudará a sociedade, porque esta é a extensão do indivíduo.
            Há dor, há fome e há confusão, porém nada disto pode ser eliminado através dos absurdos procedimentos da violência. Aqueles que querem transformar o mundo à base de revoluções de sangue e aguardente, com golpes de estado e fuzilamentos, estão completamente equivocados; a violência gera mais violência e o ódio mais ódio. Precisamos de paz, se é que queremos resolver os problemas da humanidade.
            As trevas não se desfazem com pauladas ou com ateísmo e sim trazendo luz. Também o erro não se desfaz com combates corpo a corpo e sim difundindo a verdade; não há necessidade de atacar o erro. Tudo quanto a verdade avançar, fará com que o erro tenha de retroceder. Não há porque resistir ao negativo, e sim praticar o positivo incondicionalmente, ensinando suas vantagens pela prática. Atacando o erro, provocaremos o ódio dos que erram. O que precisamos fazer é difundir a luz da Revolução da Dialética para dissipar as trevas.
            É urgente analisar os princípios fundamentais da dialética marxista e demonstrar ao mundo a tremenda realidade de que eles não resistem a uma análise de fundo e que são pura sofistaria barata.
            Façamos luz, se é que queremos vencer as trevas. Não derramemos sangue. Chegou a hora de sermos compreensivos.
            Faz-se necessário estudarmos nosso próprio Eu, se é que realmente amamos a nosso semelhantes. É indispensável compreender que só acabando com os fatores do egoísmo e da crueldade – que cada um carrega dentro de si – conseguiremos fazer um mundo melhor, um mundo sem fome e sem medo.
            A sociedade é o indivíduo. O mundo é o indivíduo. Se o indivíduo muda fundamentalmente, o mundo muda inevitavelmente.
            A consciência está em grave perigo. Somente nos transformando radicalmente como indivíduos, conseguiremos nos salvar e salvar a humanidade.

Enfermagem , velhice e perspectivas

terça-feira, 27 de setembro de 2011



Enfermagem , velhice e perspectivas
Ana Eugênia L. Hollanders de Moura


Trabalhar na área de saúde-Enfermagem é lidar com vidas, vidas humanas importantes, frágeis e insubstituíveis. 
     É atuar com indivíduos saudáveis, outros com deficiências orgânicas e/ou mentais, alguns com limitações ou totalmente dependentes, e ainda, trabalhar com  outras equipes  e  profissionais.
É um segmento extremamente rico em oportunidades, onde o leque destas oportunidades tem aumentado com o passar dos tempos, diferente de tantas outras profissões.
O avançar constante e acelerado da tecnologia voltada para a manutenção da vida, controle de doenças, interferência nas limitações causadas por essas e ainda, o aumento da expectativa de vida tem colaborado para o crescimento no campo de trabalho desta área em seus vários segmentos, e a cada dia novas portas se abrem, e estas precisam ser ocupadas de forma eficiente.
As exigências relativas aos profissionais inseridos e a serem inseridos neste mercado de trabalho, como temos visto, também estão cada vez mais rigorosas e seletivas, exigindo dos profissionais conscientização das condições política, sociais e culturais, humanização no atendimento, acompanhamento diário das mudanças em tratamentos, conhecimento da tecnologia aplicada à área, adequação a informatização dos processos de trabalho, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo, a mídia tem nos mostrado muitas cenas de profissionais da área de saúde trabalhando em ambientes pouco propícios a tratamentos, com sobrecarga de jornadas, tarefas e funções, onde a desvalorização do profissional apresenta-se na forma da cobrança do trabalhar muito nas condições que se apresentem, do “dar conta” do serviço sem importar-se com a qualidade deste, na economia de mão de obra com equipes reduzidas ao mínimo ou ainda abaixo deste, na imposição a estes profissionais de duplas ou triplas jornadas devido a salários há muito não condizentes com o razoável em prol de ganhos monetários, tudo isso podendo resultar em erros e “maus tratos” aos nossos clientes/pacientes/ amigos / familiares, por profissionais oprimidos por sistemas centenários ainda visando lucro e não o cuidado humanizado, a valorização da vida e do profissional.
Trabalhar na enfermagem é abraçar uma profissão que cuida de vidas, e vidas de indivíduos que são queridos e importantes para alguém. É uma profissão que deve ser respeitada e valorizada, devendo haver uma mobilização dos profissionais e dos órgãos competentes (Conselhos de Classe), políticos, representantes da sociedade para uma revisão na legislação e fixação de piso salarial compatível com a responsabilidade de nossas funções para com o cuidado com o ser humano, para evitar que condições desrespeitosas que propiciem a erros e desrepeitos continuem acontecendo.
Numa população que avança em idade e com o chegar desta ocorre, pelo seu próprio processo de envelhecer, alterações biológicas, psicológicas e sociais podendo muitas vezes resultar em doenças, muito trabalho nos aguarda, não somente no cuidado ao individuo com comprometimento da saúde, mas na prevenção da doença, na preservação da qualidade de vida do ser humano e do ambiente em que esta inserido.
Novas políticas de saúde voltadas para este amplo cenário se apresentam, devemos então, voltar nossos olhos para o futuro da nossa população, hoje compreendida em 16 milhões de indivíduos com idade superior a 60 anos, e com uma perspectiva de vida ainda maior.
O envelhecimento saudável é a aspiração de qualquer individuo, nas mais diferentes culturas, mas, não basta somente querer envelhecer, temos que ter condições de envelhecer com qualidade de vida.
Qualidade de vida significa manter relacionamentos interpessoais,  estar inserido em um ambiente acolhedor, aconchegante, confortável e seguro, ter saúde e equilíbrio emocional, fazer uso de  experiências e saberes adquiridos com o passar dos anos, ter autonomia, manter sua intimidade, ter direito ao afeto e carinho, ter acesso a informações e conhecimentos, usufruir de todos os períodos de lazer, manter interação social, o desenvolvimento de hobbies e interesses, ter bens materiais, trabalhar com prazer, ter vida sexual ativa, ser reconhecido como individuo e profissional, ter acesso a serviços de saúde individuais e coletivos.
Segundo estatísticas, no Brasil a cada ano acrescentam-se 200 mil pessoas maiores de 60 anos (MS, 2005), mas segundo o IBGE,   o  numero de idosos passará de  32 milhões em 2025 o que corresponderá a 15 % de nossa população total.
A enfermagem deve voltar-se também para o cuidado a estes indivíduos com mais de 60 anos e ainda com os que caminham para esta melhor idade, promovendo ações e  assumindo patitudes para valorização do idoso, para a preservação de sua identidade , experiencia e cultura, a manutenção de sua autonomia, independência e dignidade além do cuidado com saúde, a diminuição de possíveis limitações (próprias ou não do processo de envelhecer).
Mudanças de valores devem ser avaliadas, a valorização do idoso, seus saberes, suas experiências devem ser celebradas.
A enfermagem deve trabalhar para que, em um mundo caminhando para um maior numero de idosos que jovens, que estes idosos possam ser respeitados como seres humanos que são, que suas limitações sejam compreendidas e respeitadas, que nossas crianças e nossos jovens possam compreender que não somente a juventude deva ser valorizada, e como o futuro esta ancorado no hoje, se não valorizarmos/preservarmos a identidade do idoso de nossos dias, assim ocorrerá em nossa velhice, à velhice que tanto tememos hoje.

PALAVRAS FINAIS

Que bons ventos te tragam sempre...
e que bons ventos te levem...

mais leve, feliz,

tranquilo e

em paz!

Grande abraço!

Ana Eugênia


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