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Engasgo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


Engasgo
Enfª Ana Eugênia Loyolla Hollanders


Uma tarde das mais tranquilas, em instituição de cuidados a idosos, durante horário de lanche, estavam servindo pãozinho e após bananas, que eram de preferencia da maioria deles.
Entre conversas e brigas dos internos, por mais uma dessa iguaria, fomos chamados ás pressas, pois uma das moradoras estava engasgada.
Corremos, pois a maior parte de nossos internos apresentava problemas psiquiátricos, além da idade avançada, e engasgo tornava-se constantemente urgência.
Encontramos uma das senhoras, discretamente roxa (cianótica), com respiração ruidosa, já confusa (pela carência de oxigenação).
Solicitamos que esta (apesar da pouca compreensão), nos ajudasse com a manobra (Manobra de Heimlich) para desengasgar, quando vem um dos outros profissionais de saúde, gritando :
- “Levanta o braço, levanta o braço...”
Continuamos tentando fazer a manobra, mas a paciente estava muito roxa, e já começando a perder os sentidos, e a outra profissional gritando e tentando puxar o braço da paciente.
Solicitamos uma ambulância, ao então serviço de urgência da cidade, deitamos a paciente e tentamos fazer o possível para melhorar sua respiração, mas a colega da equipe  insistia em solicitar que levantássemos o braço, pois o que desceu errado, voltaria para trás...
Chega a Dra responsável pela instituição e com a paciente já deitada, realiza a entubação traqueal...
Iniciamos a ventilação até a chegada da ambulância e esta foi conduzida ao Pronto Socorro, e depois sendo necessária a internação, onde permaneceu algum tempo.
Quando retornamos a instituição, após deixar a paciente no hospital, nossa colega, de forma agressiva, vem tirar satisfações, alegando que se tivéssemos levantado o braço da paciente, nada disso teria acontecido, pois São Brás teria ajudado, e não é que, de tanto nervosismo e agitação, esta engasga-se também...
Tentamos ajuda-la, conforme ela mesma solicitava muito agitada, levantando-lhe os braços, mas de nada adiantava... Continuava a piorar ...
Após alguns instante, com esta colega já ficando cianótica, um de nossos colegas da enfermagem, homem forte e grande, pega a funcionária engasgada por trás e faz  a manobra (Heimlich), e qual não é nossa surpresa ao ver a saída de uma bala de goma ( tipo jujuba) a ser expelida com a compressão.

Depois de recuperada, ela procura-nos e, ainda agitada, agradece:
-“Pois é colegas, obrigada pela ajuda, acho que minha fé não anda lá essas coisas...”
Acontece...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

  Opções

 

Saber quais as opções seguir no decorrer de uma existência, é um constante exercício de percepção e instinto que são graduados e colocados à prova na medida em que o tempo vai passando.
As experiências que vivenciamos nos trouxeram até aqui,  e são frutos das opções que escolhemos e das que, por algum motivo, deixamos de escolher.
Você já parou para pensar nas possibilidades que existem para mudar tudo o que está a sua volta?

Confiança

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Confiança
Enfª Ana Eugênia Loyolla Hollanders


(As crianças sempre nos surpreendem com sua confiança nos pais e nos adultos).

Chegou-nos certa manhã, uma menina, de aproximadamente seis anos, vitima de acidente em escola:
- “A porta foi fechada por um de seus amiguinhos e pegou seu dedo”, contou a professora que a acompanhava.
Descobrimos a mão que estava enrolada em panos limpos, esperando encontrar um corte, mas o que encontramos não foi muito agradável: amputação de falanges (ponta de dedo) do dedo médio e anular.
A criança olhava tudo que fazíamos, e não houve como esconder os toquinhos de dedo que restaram. Mas a corajosa menina não chorava enquanto limpávamos, só observava.
Chega a mãe, que havia sido chamada pela própria professora, e esta, ao ver o que havia acontecido, desmaia.  Chamamos um colega para atender a mãe até que esta estivesse consciente novamente.
Criança avaliada pelo plantonista, chamado ortopedista para decidir o que fazer.
Ao chegar e avaliar a lesão, o ortopedista conversa com a mãe já acordada e chorando, explica a situação dos dedinhos da criança e tratamento a ser adotado e solicita que a criança seja encaminhada ao bloco cirúrgico para fazer um “coto”, pois não havia como reimplantar o pedaço cortado (que a professora havia guardado em um saquinho plástico).
A mãe acompanha a saída da maca com a criança já de camisola, que conversa conosco. E esta, vendo a mãe chorando, fala tranquilamente:
- “Mãezinha, não chora não, a professora disse que meu dedinho vai crescer novamente”, e estica, sorrindo, a mãozinha enfaixada para a mãe.

PALAVRAS FINAIS

Que bons ventos te tragam sempre...
e que bons ventos te levem...

mais leve, feliz,

tranquilo e

em paz!

Grande abraço!

Ana Eugênia


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